Chapada Diamantina: Natureza e aventura [Guia Completo]

Num cenário que mais parece um pedacinho do sonhado paraíso, a exuberância da Chapada Diamantina está pronta para dar boas vindas aos seus visitantes de várias maneiras. Seja por trilhas, em banhos nas cachoeiras, seja nos passeios pelas cavernas ou explorando suas grutas, pelas suas paisagens de deixar qualquer um de boca aberta. Mesmo com a maioria dos passeios sem grande sinalização para quem não quer contratar guias ou empresas de turismo, uma das formações de superfície plana mais famosas do Brasil tem programas que certamente vão agradar a todos.

Saindo de Salvador, não hesite em pegar um táxi direto para a rodoviária. São aproximados vinte minutos e a corrida fica em torno de sessenta reais (REF: MAR/15). Se quiser economizar, veículos de passeio operam com transporte clandestino, fazendo o mesmo percurso pela metade do preço, afinal a capital baiana ainda enfrenta dificuldades quando o assunto é transporte público de qualidade, não há sequer uma linha de ônibus exclusiva que interligue aeroporto à rodoviária muito menos ao terminal marítimo. Em um coletivo urbano, o passageiro amarga uma hora e meia de muito pinga-pinga para realizar o percurso, mas ainda assim não deixa de ser uma opção. Ah, e os ônibus não circulam vinte e quatro horas.

Embarque na empresa Real expresso/Rápido federal pagando aproximados R$70,00 com quatro saídas diárias para ida e três para volta. Fique atento, pois mesmo informando que o percurso dura em torno de seis horas, dependendo do tanto de paradas para embarque, pode se estender até a oito ou mais. Eu mesmo quase perdi meu vôo da volta por causa dessas circunstâncias e tive que descer em Simões Filho para ganhar tempo, foi um sufoco! Existe a opção de ir de avião. A azul opera vôos regulares às quintas e aos domingos desde Salvador, verifique no site da companhia.

Fomos carinhosamente recebidos na Pousada Roncador, que fica a apenas 400 metros da caminhada da rodoviária. O ambiente é familiar e muito aconchegante, sem contar que tem localização privilegiada, como já contamos na sessão turisteiro indica, disponível nestelink. Ali por perto, no meio do centrinho, você encontra de tudo: supermercados, sacolão, farmácia, a única agência bancária da cidade (Banco do Brasil) e muitos, mas muitos restaurantes com direito a vela sob a mesa ao cair da noite e, às vezes, música ao vivo.

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Falando dos passeios, se chegar ainda com a luz do dia, corra para o Parque Municipal do Serrano. São poucos minutos de caminhada, basta subir pela rua do coreto e continuar subindo, passando pela bica municipal e virar à direita na esquina da Embasa (companhia de abastecimento de água). Dali é só seguir a tubulação que estará no chão e então você encontrará os deliciosos caldeirões de água, com direito a vista panorâmica da cidade. Entre sem medo e se refresque na água, aproveitando a massagem das cascatinhas. Nos finais de semana o local é o point dos nativos e daqueles que curtem relaxar.

Se quiser explorar um pouco mais da região mais, siga na trilha que está do lado esquerdo e então você chegará facilmente à Cachoeirinha com seu pequeno poço que costuma ficar menos movimentado. Dali é fácil também ir ao poço Haley, que não tem nada demais. Ainda é possível visitar o salão de areia e a cachoeira da primavera, locais que se recomenda a companhia de um guia.

Por falar em guias, os passeios da Chapada costumam ser feitos sempre na companhia deles ou com o auxílio das agências de turismo, e nesse caso os turisteiros recomendam a CIRTUR, empresa que tem mais de vinte anos no mercado e tem não só todos os principais roteiros, como oferece passeios personalizados e ainda trabalha com os melhores preços. Diga que foram os turisteiros que indicaram e certamente eles darão um desconto.

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Não há sinalização em praticamente nenhum atrativo da Chapada, o que torna quase impossível senão muito desgastante explorar tudo por conta própria. Portanto não recomendamos o aluguel de carro nem que você tente fazer os passeios por conta própria. Há registros de assaltos quando meliantes percebem que pessoas ou grupos estão sem guias, o que é uma pena.

Dentre os passeios, você certamente não pode perder o roteiro um, o mais famoso. É um passeio de um dia inteiro, sendo o deslocamento feito de carro. Na parte da manhã o grupo passa por Mucugezinho, Poço do Diabo (com parada para banho, rapel ou tirolesa opcionais) e sobe o famoso morro do Pai Inácio (subida leve, com pausa para fotos e contemplação), de onde se tem aquela vista mais clichê da Chapada. Seguindo, pausa para o almoço e depois caminhada pela Gruta Lapa Doce (cerca de 40 minutos dentro da gruta e no completo escuro) com direito a lanterna e aula sobre estalagmites e estalactites, seguindo para a Gruta Azul (onde a água fica azul com a incidência do sol) e Gruta da Pratinha (onde é possível fazer uma flutuação), finalizando com um banho refrescante no rio pratinha, com suas “águas caribenhas”. É um dia daqueles que te deixa morto, mas que vale muito a pena.

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Outro roteiro que não pode faltar é o das grutas, onde você visitará dois poços que combinam transparência e reflexo azul turquesa da água. O primeiro, poço Encantado, é apenas para contemplação dos efeitos visuais produzidos pela luz e a presença de calcário numa água que mais parece um espelho, totalmente deslumbrante. Mais à frente, depois da parada para almoço, o visitante é contemplado por uma flutuação no Poço Azul. Não se assuste quando estiver de snorkel e colocar o rosto na água, pois a sensação é de que irá cair do alto de um prédio. A água é tão clara e límpida que você facilmente verá o fundo, com cerca de 50 metros de profundidade.

Fizemos a trilha do Sossego, partindo do centro da cidade numa caminhada de aproximadamente três horas (e com um guia), o passeio é ótimo para quem curte apreciar a vista e entender um pouco mais sobre a extração de pedras preciosas na região. Inclui um refrescante banho na cachoeira que leva o mesmo nome da trilha, sendo que na volta é feita uma parada no Ribeirão do Meio, com direito a escorregador natural nas pedras. Quando chegamos na pousada, a dona carinhosamente perguntou: e aí, precisam de sossego? Eu mal conseguia acenar com a cabeça, mas apesar do cansaço, me sentia cheio de vida e alegria.

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Nosso último dia foi no passeio pelo pantanal da Chapada, uma planície inundada onde se afirmam encontrar os maiores peixes da região, como o tucunaré, além de capivaras, jacarés (o barqueiro disse que já viu esses bichos, mas nós não vimos nenhum deles) e muitos pássaros, como aquele que eu logo achei que se tratasse de um tucano, mas era um primo menorzinho, fazendo assim a alegria da embarcação pela minha confusão. De Remanso, uma comunidade quilombola muito carente, o grupo toma um barco a remo com auxílio de um remador local, sendo que os próprios tripulantes auxiliam a remar rio abaixo. Haja braço. Depois de percorrer aproximados 9 quilômetros apreciando a vegetação, fauna e flora, o passeio segue com uma caminhada até as quedas do rio Roncador, um dos meus lugares favoritos. Lá você tem um pouco de tudo: caldeirões para banho, mini-escorregadores, quedas d´água de massagem e ainda um profundo poço no qual dei dois pulos daqueles de gelar até a espinha, como diziam os mais antigos. Isso tudo sem contar a vista. Passaria uns dias por ali, sem o menor problema. Na volta, almoço no fogão de lenha da fazenda onde ficam as cachoeiras e mais remada, dessa vez rio acima.

À noite, os restaurantes dão o tom charmoso de Lençóis, com velas nas mesas e atendentes pra lá de simpáticos, como o caso de restaurante italiano, no qual a própria dona recepciona os clientes na entrada. Muitos têm por hábito oferecer caipirinhas e outras cortesias. Experimentamos vários pratos, tem gastronomia de todo canto do mundo e nossa indicação é não deixar de visitar o delicioso Sabores da Suzi, como relatamos detalhadamente aqui.

Recomendamos evitar esse paraíso em feriados e no carnaval, já que a cidade fica abarrotada e muitos dos passeios se tornam “impraticáveis” por causa de tanta gente. A melhor época do ano para admirar as grutas bem azuladas e as cachoeiras com maior fluxo de água vão de abril a outubro. Para quem gosta de música e cultura, no mês de agosto tem o Festival de Lençóis. O lugar tem pouca incidência de chuva o ano todo, dada sua formação e altitude, portanto conte com dias nublados e ensolarados quase sempre.

Como você já deve imaginar, a Chapada Diamantina é um lugar que não se visita de uma só vez. Nosso retorno é certo, já traçamos planos de voltar para conhecer a Cachoeira do Buracão, fazer as trilhas da Fumaça e também aquela de três dias do Vale do Pati, fora cachoeira do Mosquito e tantos outros atrativos.

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Essa viagem foi ainda mais incrível e marcante por incluir a comemoração do meu aniversário, com tantos presentes e lembranças que só me fazem agradecer de novo ao mundo e às pessoas que estão ao meu redor por ser um cara tão sortudo. Fizemos também muitos amigos, reflexões e fomos acolhidos em todos os lugares de maneira muito especial.

Então, recomendo esse paraíso para quem quer se reencontrar e para aqueles que gostariam de estar em contato com a natureza. Também indico para as pessoas que buscam experiências místicas ou sentir aquela onda do reggae (se é que você me entende). Recomendo para fotógrafos, praticantes de esportes radicais ao ar livre e recomendo também para você, que nunca se imaginou num lugar desses, pois a vibe desse lugar não se explica, se sente. Aprecie sem moderação, afinal esse altiplano baiano está aberto para todas as tribos.

Esta viagem contou com o apoio da CIRTUR e Pousada Roncador, uma empresa que trata hospedagem, passeios turísticos e locação de carros de maneira séria, compromissada e com as melhores tarifas do mercado. Para maiores informações, entre em contato pelo site: www.cirtur.com.br ou em: www.facebook.com/CIRTUR.

Quer saber mais sobre essa experiência ou gostaria de falar diretamente com a nossa equipe para obter auxílio no planejamento de uma viagem? Então entre em contato agora mesmo, preenchendo os campos abaixo que lhe responderemos em breve! Nós, turisteiros, assessoramos você por meio da experiência em viagens desde a compra da passagem até os detalhes do roteiro final.

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Amilton Fortes

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