Como todo viajante, sempre gostei de desafios. Descobri a existência da Ilha de Páscoa, no Chile, ao folhear revistas de viagem e quando li que se tratava do lugar mais isolado do mundo decidi: é pra lá que eu vou! Comecei a planejar e finalmente cheguei à ilha, depois de conhecer Santiago, claro. Chamada de Rapa Nui no idioma nativo, a ilha fica a uma distância de 3.700 quilômetros de Santiago. Foi descoberta num domingo de Páscoa lá pelos anos 1700 e somente depois fez parte do Chile.
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Os navegadores do oeste do Pacífico acreditavam que ali era o “umbigo do mundo”, daí tem início a história repleta de mistérios que envolve a Ilha de Páscoa. Sem dúvida, o maior mistério de todos refere-se ao surgimento dos moais, aqueles bonecos gigantes de pedra vulcânica que pesam toneladas e até hoje ninguém sabe como os homens da época construíram e mais, como eles conseguiram levantar um a um se qualquer recurso da tecnologia e de máquinas.
Elas possuem entre 1 e 10 metros de altura, chegam a pesas 80 toneladas e estão espalhadas ao longo de todo arquipélago. O que esses moais significaram para aquela civilização talvez seja o mistério que atrai tantos turistas do mundo inteiro para conhecer um lugar tão distante de tudo.
É bom deixar bem claro que a ilha praticamente não dispõe de praias para banho, apenas uma delas, a Anakena (artificial), é liberada para tal porque não oferece risco ao visitante, mas a água é geladíssima. As demais praias são margeadas de pedras vulcânicas e ondas fortes, o que faz com que os turistas nem ousem entrar no mar. Portanto, não espere que a ilha seja como uma “Fernando de Noronha” em que você vai curtir praia por praia. Na ilha chilena o grande lance é mesmo vislumbrar a paisagem e, se você tiver um bom senso místico, sentir a “energia” do lugar.
A ilha também é bem extensa e ir de um ponto turístico a outro requer tempo mesmo se estiver de carro da agência contratada, se for de bike ou caminhando então prepare-se pra maratona, levando muita água, protetor solar e um tênis bem confortável. A maioria dos passeios são para observar os moais, sejam eles em pé, virados para o mar ou para o continente, deitados, e um deles que possui chapéu. Alguns estão caídos, acredita-se que devido a ocorrência de terremotos.
Outro passeio que merece ser feito é a visita ao vulcão Rano Kau e a aldeia de Orongo. Na vila central da ilha estão bares, restaurantes e lojinhas de souvenirs. O custo de vida na ilha é alto, portanto, alimentação é bem cara! Entre as opções gastronômicas, claro, não poderia falta peixes. A oferta de pescado é enorme.
É um lugar para quem gosta muito de História, Arqueologia, ou para o turisteiro que já rodou quase todo o mundo e não sabe mais para onde ir. Sem dúvida, seria uma ótima opção! Mas se você ainda tem na lista muitos países para conhecer, deixe a Ilha de Páscoa lá pra frente, é uma viagem que requer dinheiro mas não muito esforço físico, uma vez que pode-se fazer tudo de carro e é assim como faz a grande maioria dos visitantes.
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