Guia das Ilhas Seychelles: descubra aqui tudo para montar sua viagem

O paraíso existe e segue ainda pouco conhecido pelos brasileiros. Nesse artigo vou compartilhar com você meu Guia das Ilhas Seychelles. Aqui vou te contar tudo que aprendi com essa viagem e que você precisa saber sobre um dos lugares mais lindos que já visitei na vida.

Guia das Ilhas Seychelles: como chegar

Para chegar nas Ilhas Seychelles o melhor jeito é voando. Os aviões chegam no Aeroporto Internacional de Seychelles, na ilha de Mahé. As principais rotas trazem turistas da Europa, Índia e China.

É possível combinar uma viagem a Seychelles com a África do Sul e Dubai, duas cidades que são interligadas com esse destino. E foi exatamente o que fiz. Fazendo uma conexão na Etiópia acabou ficando mais barato.

Depois de chegar em Mahé você pode seguir para as outras duas ilhas mais famosas: Praslin e La Digue. São nessas duas que estão algumas das praias eleitas como as mais bonitas do mundo. Escrevi um artigo com dicas de como se deslocar entre as ilhas de Seychelles, não deixe de conferir.

Outro detalhe é que Seychelles não exige visto de nenhum visitante. Apenas é necessário ter o Certificado Internacional de Febre Amarela.

Idioma e câmbio nas Ilhas Seychelles

Nas ilhas são falados 3 idiomas: inglês, francês e creoulo. A moeda de Seychelles é a Rúpia, mas não se preocupe em comprar antecipadamente. O câmbio pode ser feito de forma fácil assim que chegar no aeroporto.

Quando visitei as ilhas o Dólar estava cotado a 13,20, o Euro a 15,30 e a Libra esterlina a 17,70 rúpias (ref: jun/18). Eu ainda vi na lista de moedas aceitas Franco suíço, Dólar de Singapura e Yen.

Recomendo trocar moeda no próprio aeroporto pois não há muitas casas de câmbio. Além disso, quando muito a diferença costuma ser pequena (algo como 2 rúpias em cada dólar).

Nos hotéis é possível cambiar também, mas com uma conversão acaba sendo um pouco menor. A maioria dos estabelecimentos aceita cartão de crédito. Fazendo a conversão para real achei os preços bem parecidos com destinos de praia do Brasil.

Para sair do aeroporto é necessário o serviço de um transfer, táxi ou ainda alugar um carro. As linhas de ônibus são mais utilizadas apenas pelos moradores locais.

Outro detalhe: a mão de direção é inglesa e as ruas são bastante estreitas, o que pode ser um pouco mais difícil para quem não está acostumado a dirigir no lado contrário.

Além disso não recomendo o aluguel de bicicleta em Mahé, a menos que seja para fazer um pequeno passeio. A ilha é gigantesca e o calor intenso. Além disso não é possível alugar motocicletas em nenhuma ilha.

Qual  a melhor época para visitar Seychelles?

O clima é sempre quente e faz sol o ano inteiro. Então relaxe e não se preocupe com isso. Viajei no início de junho e um dos guias disse o seguinte: não mude seus planos por causa de uma nuvem feia. Elas costumam passar rápido! Inclusive aconteceu em um dos passeios e não atrapalhou em nada meus planos.

Quantos dias ficar nas Ilhas Seychelles?

Sempre difícil responder a essa pergunta, mas eu diria que o mínimo que recomendo são 4 noites. Foi o que fiz e dividi meu tempo da seguinte forma:

• 1 noite para Mahé na chegada;
• 2 noites em Praslin;
• 1 noite em La Digue;
• 1 noite em Mahé na saída;

É claro que queria ter ficado mais tempo, mas creio que dessa forma você vai conseguir ver o mínimo das 3 principais ilhas desse lindo país.

Como montar o roteiro pelas Ilhas Seychelles?

Dia 1:

No primeiro dia fui recebido no aeroporto e ali mesmo tirei todas as minhas dúvidas com a equipe do governo que recepciona os visitantes de forma muito calorosa.

No próprio terminal é possível comprar chip de internet, mas praticamente todos os hotéis tem Wi-fi de boa qualidade e acabei optando por não comprar. Confesso que não fez falta nenhuma ficar off-line fora dos hotéis.

Na sequência utilizei o excelente serviço de transfer do Express Sky Tour (previamente agendado) para ir até o meu hotel. Nessa primeira noite fiquei hospedado no Avani Barbarons Resort & Spa, inclusive detalhei toda a experiência nesse artigo. O percurso durou cerca de 30 minutos.

Dia 2:

O segundo dia começou com um passeio até a Praia Grand Anse, em Mahé. Essa é considerada como uma das mais bonitas dessa ilha. Mas também uma das mais difíceis de nadar por causa das ondas violentas.

Depois visitei as ruínas de Venns´s Tow, patrimônio mundial da UNESCO que conta um pouco da história do país e de como ele foi colonizado e explorado. Por ali os visitantes vão encontrar muitas árvores de especiarias como baunilha, mogno e canela.

Aliás são esses produtos que foram a base da economia do país que até hoje é um dos maiores e melhores produtores de chás do mundo. No topo da montanha fica um monumento que simboliza a visita da rainha Elizabeth ao país logo após a abolição da escravidão.

Almoço:

Nesse dia almocei no restaurante Tamassa, que fica no Eden Plaza. Inclusive escrevi um guia com sugestões de onde comer nas Ilhas Seychelles com várias recomendações de todos os lugares por onde comi.

Esse shopping está localizado em uma das partes mais caras e chiques de Mahé. Trata-se de uma região de luxo que tem diversas lojas e restaurantes com vista para a Marina do complexo de condomínios que foi projetado pelos mesmos idealizadores da ilha do mundo de Dubai.

O melhor de almoçar por ali foi a incrível vista misturando um cenário com água cristalina e bastante verde dos morros. Nesse shopping é possível encontrar muitas lojas de presentes e souvenires. Essa é a única parte das ilhas do Éden que pode ser visitada por qualquer pessoa que não seja morador.

Depois do almoço meu simpático guia dirigiu até um mirante para ver as ilhas do Éden (condomínio) de cima. É de impressionar a cor da água e toda aquela estrutura. Na sequência fiquei aguardando o ferry até Praslin, a segunda ilha do meu roteiro.

Ao chegar nessa outra ilha fui encaminhado até o Hotel Coco de Mer and Black Parrot Suites, hospedagem excelente que detalhei no artigo onde ficar em Praslin. Por ali relaxei no entardecer e aproveitei para descansar um pouco até o dia seguinte.

Dia 3:

Esse dia ensolarado começou indo direto até a praia de Anse Volber, lindíssima diga-se de passagem. Dali saem os barcos para visitar a ilha Curious, onde é feito um trabalho de conservação das famosas tartarugas gigantes, as Aldabrachelys.

Na pequena ilha é possível interagir com as tartarugas e até mesmo alimentá-las. Para o almoço experimentei um peixe local com molho creoulo, muito saboroso.

Dali segui de barco para conhecer a ilha Cousin, que tem um importante trabalho nos fluxos migratórios de aves do Oceano Índico. Para saber mais detalhes sobre esses dois passeios recomendo a leitura do meu artigo 5 razões para ir correndo até esse paraíso.

Dia 4:

A primeira parada do dia foi na Black Pearl, uma fazenda de pérolas. Por lá aprendi que uma ostra demora 2 anos em média para produzir uma única pérola e que as negras são mais valiosas. Quanto mais perfeito for o diâmetro da pérola mais cara e rara ela será.

​Segui para outro patrimônio mundial da UNESCO, o Vale de Mer. Esse local é o berço do Coco de Mer, considerado como o maior coco do mundo (peso entre 7 a 20kg). A guia Medina Ptisana me deu todas as informações sobre esse incrível lugar.

Já na saída descobri que era possível comprar a casca oca do coco pelo equivalente a R$1400 reais. Imagina? Depois seguimos para a praia de Anse Lazio, considerada como uma das mais bonitas do mundo. Por ali, almocei de frente para o mar e com os pés na areia.

A essa altura eu já estava acostumado a ver praias paradisíacas de água azulada e morninha. Lembrando que todas as praias de Praslin tem acesso livre.

Exceto a Anse Georget para qual é preciso passar dentro do hotel Lemuria Resort. Assim, é necessário agendar a visita (enviar um e-mail informando a data para info@lemuriaresort.com) com pelo menos 2 dias de antecedência.

La digue:

Já no final da tarde o motorista me deixou no porto para pegar o ferry em direção a terceira ilha, La Digue.​ Ao chegar por lá já dava para perceber que o ritmo dessa outra ilha era bastante diferente das outras duas. Bem roots, menor que as outras duas e com muitas pessoas pedalando por toda parte.

Fui recebido na acomodação Casa de Leela, uma guest house super aconchegante. Leia também o artigo onde ficar hospedado em La Digue. Quando caiu a noite sai para jantar no Fish Trap, restaurante farto e de pratos saborosos que recomendo.

Dia 5: 

Mais um dia no paraíso começou como? Na praia! Fomos conhecer primeiro a praia de Grande Anse, bem rústica e sem praticamente nenhuma infra estrutura. Para quem gosta de sossego ou surfar esse é o lugar.

Da pra ir até ela de bike. O preço médio da diária de uma bicicleta é de 100 rúpias, algo como R$30 reais. Na sequência fui até o L’únion Estate, outra reserva natural do país.

Para entrar nela é preciso pagar uma taxa de 115 rúpias para acessá-la. E dentro dessa reserva cheia de pés de baunilha e mais tartarugas gigantes que fica a praia mais bonita que visitei nas Ilhas Seychelles: a Anse Source d’Argent.

Basta caminhar um pouco depois da entrada da reserva para encontrar a praia. Sua faixa de areia é enorme e com varias divisões por pedregulhos que formam praias menores. Os turistas vão se espalhando debaixo das árvores e ao longo dessa faixa.

Acho válido levar lanche, uma canga para se deitar e também água para beber. Os mar é calmo e forma muitas piscinas naturais, ótimas para relaxar em suas águas mornas. Tão cristalina que dava até para ver os peixes sem nem mesmo precisar de esnórquel.

​É bem possível dividir o dia entre essas duas praias e fazendo o percurso todo de bicicleta. Já no final da tarde peguei o ferry de volta até Mahé. Ao retornar para a ilha principal fiz o check-in no último hotel desse paraíso, o Constance Ephelia Resort. Você pode saber mais sobre como foi a minha estadia lendo o artigo hotel em Seychelles.

Dia 6:

O último dia começou com a equipe do Express Sky Tours, que me levou para conhecer a praia de Beau Vallon, que fica do lado norte de Mahé.

Depois fiz o tour pelo centro da cidade e visitei o Templo Hindu, o mercado central, passei pelo relógio da cidade e ainda em frente ao Museu de História Natural. Para quem gosta de história esse passeio é imperdível e pode ocupar um dia inteiro.

Essa empresa de receptivos oferece 7 opções de passeios por toda a ilha, o que é extremamente recomendado se você não quer se preocupar com nada, sobretudo ter que dirigir.

Na sequência almocei no Bravo Restaurante, que também fica no Eden Plaza. Por ali me despedia de Seychelles, por onde vivi momentos inesquecíveis.

Depois de descer no aeroporto dali segui feliz da vida para Dubai. Não deu tempo de visitar a destilaria de rum Takamaka, também famosa na ilha. Mas no Free Shop do aeroporto você encontra uma garrafa da bebida típica por algo como 250 rúpias.

Com esse texto espero ter conseguido te ajudar a encontrar todas as informações para planejar a sua viagem até as ilhas Seychelles. Não deixe de ler todos os artigos que escrevi sobre esse destino que ainda segue quase que desconhecido pelos brasileiros mas que vai surpreender quem visitá-lo.

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