Fernando de Noronha: é possível!

Uns chamam de ilha da fantasia, outros de paraíso perdido. De acordo com o site Tripadvisor é lá que está a praia mais bonita do planeta. Com fama de “careira” e praticamente inacessível às classes menos favorecidas, o arquipélago de Noronha continua entre os destinos mais cobiçados pelos brasileiros e estrangeiros, afinal: quem nunca sonhou em visitar Fernando de Noronha?

No início de 2014 tive o privilégio de conhecer o tão famoso pedacinho de terra que faz parte do nosso “brasilzão” e já foi território do Rio Grande do Norte, mas hoje pertence ao estado de Pernambuco.

Na altíssima temporada, mas graças ao planejamento disponível no #TURISTEIRO, minha aventura saiu muito barata. Embarquei num voo doméstico, rumo a ilha da fantasia. Uma hora de voo, acrescente mais sessenta minutos do fuso de Brasília. Noronha é tão metida que tem até horário próprio, só dela. Mas nem por isso eu diria que aquela ilhota é antipática.

Foi a primeira vez que saí do continente e o azul do mar parecia uma tela limpa, pronta para se colorir e ganhar formas de outro mundo. E isso era só o começo. Na descida, quem está sentado na janela esquerda da aeronave consegue avistar rapidamente os dois irmãos, o mais famoso cartão postal do lugar. Imigrei com a ajuda de funcionários simpáticos que distribuíam mapas e informações sobre a ilha. E então, finalmente tive aquela sensação de que estava noutra terra, pra não falar em outro planeta.

Por lá, predominam as pousadas familiares, onde os turistas ficam hospedados no que já foi a casa de alguém, sendo comum os donos residirem nos fundos, já que o turismo é o principal meio de subsistência. Fiquei surpreso com tamanha simplicidade das pousadas, minha casinha provisória era um mimo, com duas funcionárias que de tão simpáticas, carismáticas e humildes, acabaram virando amigas. A ilha é tão tranquila que a porta de entrada do recinto principal não tinha sequer chaves. Qualquer hora do dia ou da noite, era só chegar e abrir a porta assim mesmo, sem aviso. Aliás, por falar em aviso, informo que Noronha está praticamente isenta de violência e tantos outros problemas que afligem o continente, um modelo que infelizmente não está sendo empregado no resto do país.

Infelizmente, para sobreviver na ilha você terá que adotar a lógica do dobro. Só multiplicar o valor das coisas do continente por dois, afinal, é preciso entender que tudo chega lá de barco, nada industrial é produzido na ilha, então o turista é quem paga o frete. Mas calma, sem desespero, dá pra sobreviver por alguns dias, é possível comprar algumas coisas no supermercado que tem preços mais populares. Além disso, conforte-se ao saber que moradores da ilha pagam o mesmo valor que os turistas pelos produtos que consomem, então não se deve chamar isso de injustiça ou roubalheira. Tem que haver outro nome, aliás: deveria existir outra moeda.

No final das contas, o preço de experimentar tudo oferecido por Noronha vale muito a pena e cabe no bolso de qualquer um. Além das belezas naturais, em qual outro lugar os caranguejos enormes não se importariam em posar para fotos. Onde mais os golfinhosnadariam livremente, sem medo de serem vistos. Em qualquer mergulho você certamente verá tartarugas, arraias, polvos, peixes de todas as cores e claro, tubarões.

Os temidos animais carnívoros não oferecem perigo algum, nunca houve sequer um registro de ataques por aquelas terras. Há fartura de comida e de animais, de paisagens para observar, com ressalva de que lá é a casa deles e não a nossa, portanto se comporte como um bom visitante. Destaque para o mergulho com uma pranchinha (planasub), o pôr do sol do forte dos remédios, as caronas com desconhecidos, andar de bike pela rodovia e de nadar vendo um tubarão dentro da onda, coisas que jamais vou esquecer.

Naquele minúsculo pedaço de terra ainda estão simplesmente as praias mais bonitas do Brasil (Praia do Sancho e Baía dos Porcos). E só falo Brasil porque insistem em dizer que tal lugar pertence ao nosso país. Senão, seriam as praias mais bonitas que já vi em toda minha vida, concordando com a eleição do TripAdvisor, sem exageros. Somadas aos contornos, morros, depressões e pedras, tudo é tão belo, mas tão belo, que chegam a fazer falta de educação por tamanha beleza. Difícil de explicar, tem que ver com os próprios olhos.

Nesse ranking das melhores eu ainda colocaria a Praia do Leão, que não sei por qual motivo, acaba sendo ignorada nos guias e roteiros. Além de linda, é deserta, ótima para mergulhar, com um mar calmo e uma aquarela inteira de tons de azul. Importante lembrar que você não deve andar por nenhuma parte sem o protetor solar, água potável e algum lanche. Eu também recomendaria que você aprendesse alguma coisa sobre a tábua das marés, pois faz toda a diferença nos passeios.

Portanto, me considero um cara de muita sorte pois tive o prazer de conhecer um dos poucos lugares onde a preservação ainda parece funcionar e a vida acontece de outro jeito. Muitos reclamam do excesso de procedimentos para mergulhar na atalaia, praia que deve ser fechada nos próximos anos dada à necessidade de preservar seu berçário marinho, mas entendi que tudo era realmente necessário, pois do contrário, não seria possível apreciar o que nela está vivendo; A exemplo também do monitoramento das tartarugas, que só ocorre duas vezes por semana e explica muito sobre os animais. Viver por lá alguns dias me fez acreditar que a vida ainda pode ser simples em algum lugar. E bem, seria um desaforo dizer que não pretendo voltar afinal, foram só 3872 fotos, quatro míseros dias.

Por essas e outras, Noronha mexeu comigo. Foi uma lição de vida, de magia e de todas aquelas coisas que não sabemos direito como explicar. Se fosse um médico, prescreveria uma semana por lá a todos meus pacientes, ainda que não estivessem doentes. Vira e mexe, me pego repassando as fotos, incrédulo se de fato estive lá. Daí eu fecho os olhos, quase me belisco e lembro que sim, eu estive.

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Amilton Fortes

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