Travessia no deserto de sal: como planejar uma viagem ao Salar de Uyuni

Se você começou ou pretende um dia planejar uma viagem ao Salar de Uyuni é importante saber que esse peculiar pedacinho do mundo tem paisagens incríveis, mas especialmente nessa viagem eu diria que são necessários alguns cuidados básicos, um bom preparo e muito planejamento antecipado. A infra estrutura e as condições climáticas do percurso não são das melhores, sem contar que podem acontecer alguns imprevistos.

planejar uma viagem ao Salar de Uyuni

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Como se preparar e planejar uma viagem ao Salar de Uyuni?

O clima

Antes de mais nada, a época para a sua viagem e isso pode interferir em todo o seu planejamento. Dezembro é o mês mais quente do ano enquanto junho é o mais frio. De novembro a março, ocorrem chuvas frequentes, o que deixa a paisagem linda por causa dos espelhos d´água, mas por outro lado é a época em que ocorre o maior número de atolamentos e complicações durante os passeios, inclusive em alguns dias nem é possível fazê-lo, comprometendo assim todo o cronograma de uma viagem. De abril a outubro, está o período considerado como a época seca, porém é quando se faz mais frio.

Independentemente da época que escolher para sua viagem, é importante saber que o Salar de Uyuni tem clima de deserto, com altas temperaturas durante o dia e termômetro geralmente a baixo de zero à noite, variando de frio extremo em junho e julho e calor acentuado em dezembro e janeiro. De uma forma geral, a temperatura média anual no Salar é de – 6º C. No inverno as médias estão em torno de – 12º C, enquanto no verão elas ficam na casa de 1 º C, sempre com rajadas de vento, o que afeta muito a sensação térmica.

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Nesse sentido é muito relevante dizer que será preciso levar roupas de frio, variando de um grau a se esperar que vai de pouco a um frio quase congelante. Eu mesmo experimentei a sensação térmica de 40 graus negativos em julho de 2016!

O período considerado como alta temporada vai de dezembro a março, nas férias de julho e nos feriados bolivianos (sim, bolivianos de todo o país aproveitam essas datas para conhecer aquela belezura). Arrisco dizer que a melhor época tanto em termos de clima quanto de lotação dos passeios seria nos meses de outubro e novembro. 

Engana-se quem pensa que o clima e as temperaturas do Salar de Uyuni são parecidos com as de San Pedro do Atacama. Primeiro porque San Pedro tem uma infra estrutura infinitamente superior, portanto nos hotéis de lá você dificilmente sentirá o frio daquela outra região que fica na Bolívia.

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Segundo porque, apesar de ambas serem áreas de deserto, a posição geográfica, as cadeias montanhosas e tantos outros fatores fazem com que a sensação térmica de ambos lugares seja diferente. Eu mesmo conferi isso na pele quando estive pelos dois lugares em meados do mês de julho, considerada um dos mais frios do ano na região.

Sua saúde

É um ponto muito importante a se considerar pois qualquer complicação médica em meio ao deserto pode ser um verdadeiro sufoco. O mais convencional é percorrer o roteiro em três ou quatro dias dormindo em hotéis não muito luxuosos e comendo uma comida simples (apenas com distinção para quem não come carne) e muitas vezes requentada, sentindo calor, frio e mal de altitude, o que pode não ser a melhor experiência da sua vida, não é mesmo? Pessoas sedentárias podem sofrer ainda mais com esse percurso.

A Bolívia é um dos países que exige o certificado internacional de vacinação contra a febre amarela para a entrada no país e apesar de não terem conferido quando cheguei no aeroporto o meu eu não pagaria para ver ou ser deportado. Mais informações direto no site da Anvisa.

Recomendo ainda levar consigo remédios para os principais problemas que você imaginar que podem acontecer como diarreia, dor de cabeça e enjoo (super comuns em altitudes encontradas nesse passeio), desidratação, febre, entupimento de nariz, limpeza de algum corte e por aí vai.

Dica muito importante é: esqueça a manteiga de cacau e coloque nas suas coisas uma invenção milagrosa chamada glicerina! Vende em qualquer farmácia. Vai por mim, é isso que vai salvar seus lábios de ficarem ressecados, inclusive emprestei o meu farto potinho para dezenas de turistas desesperados que reclamavam do desconforto nas suas bocas. Escrevo mais também em breve sobre dicas de remédios e cuidados a se tomar com a alimentação na Bolívia.

Sobre o temido mal de altitude, graças a Deus não senti nada demais, só um cansaço moderado quando fazia algum esforço como caminhar ou deslocar por áreas maiores acompanhado por uma ligeira dor de cabeça. De uma forma geral foi bem tranquilo, mas se você quiser tentar diminuir os efeitos dele existem remédios que podem ajudar, consulte um médico ou farmacêutico e peça orientações a respeito.

Roupas adequadas e bagagens

A próxima questão é com relação ao que vestir, recomendo que as roupas sejam próprias para o clima de deserto. A primeira camada (aquela térmica e que segura a temperatura do corpo) é indispensável em todas as épocas do ano. Meias, luvas e um cachecol (ou pescoceira, que é melhor ainda e pode ser utilizada para tampar a boca e nariz do frio) também não podem faltar.

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Ainda acho importante dizer que se você é uma pessoa com tendências de sentir frio mesmo com uma pequena brisa, pode reforçar a sua mala. Em breve escrevo um post especial só pra explicar sobre as vestimentas adequadas.

Sobre a bagagem eu diria que o mais adequado é levar um “mochilão” com roupas e uma mochila pequena com itens indispensáveis (como câmera fotográfica, protetor solar, algum lanche e produtos de higiene para momentos mais emergenciais) do que uma mala de rodinha, pois tudo é jogado de maneira improvisada para cima do carro e coberto por uma lona e pode ser danificada, sem contar que em alguns lugares nem tem como arrastar nada.

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Ah, outro detalhe: leve um pen drive ou cabo coaxial para ligar seu celular ou mp3 nos rádios, quase todos os carros que fazem os tours tem som com saída usb e/ou auxiliar e não se importam se você colocar música, mas isso ninguém avisa!

Energia elétrica é um item escasso no Salar de Uyuni, portanto vá com todas as baterias em carga máxima para o início do passeio. Recomendo inclusive baterias extras e powerbank para quem não quer ficar sem carga.

Quem faz a travessia no sentido Uyuni > Atacama tem energia elétrica somente na primeira noite e quem vem no sentido contrário, saindo de Atacama > Uyuni pode ter energia na primeira ou segunda noite (não é normal ter nas duas noites), porque em uma dessas noites é costumeiro obrigatoriamente dormir no alojamento da Laguna Colorada (local que não tem luz elétrica nem banho quente).

Note que essa observação da noite com luz elétrica varia apenas na rota que sai do Atacama para Uyuni, já que a parada para dormir pode ser tanto no ponto sem luz quanto no Hotel de Sal (alguns guias percorrem todo o caminho no primeiro dia sem parar para então começar o passeio apenas no segundo dia), portanto pergunte diretamente na agência em que fechar o passeio lá no Atacama qual dessas noites terá energia e programe-se com antecedência.

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Leia também: Dica de hospedagem Salar de Uyuni: luxo e conforto no Hotel de Sal Luna Salada

Internet e chip no celular são regalias para poucos, não vi telefone algum funcionando com sinal durante os dias do meu passeio, apenas os motoristas costumam ter um telefone que funciona via satélite.

Como comprar o tour e escolher uma agência para o passeio?

Talvez a coisa mais importante que eu diria sobre esse assunto é: não compre o tour pela internet, pois as opções na cidade de Uyuni são muitas e geralmente os passeios são fechados no próprio dia de saída. Li muitas reclamações sobre empresas bolivianas e de compras antecipadas via web, sendo que em todas as agências que visitei havia vagas e disponibilidade para passeios no mesmo dia.

Os ônibus que vem de La Paz, Sucre, Potosi e tantas outras cidades param já bem próximo das agências, que geralmente abrem entre 7 e 8 da manhã. É possível sair andando e comparar os preços por ali mesmo, a rua principal onde ficam as agências está a cerca de alguns minutos de caminhada, você não irá precisar nem mesmo de táxi muito menos de ônibus local.

Aconselho tentar pechinchar e fechar o tour o quanto antes, pois a maioria sai rumo ao deserto por volta das 10 da manhã e a muitos dos turistas vão chegando por lá até esse horário. Não é comum dormir na cidade de Uyuni por uma noite (apesar de que encontrei algumas pessoas com essa ideia) para seguir com o passeio no dia seguinte, inclusive a cidade não tem nada pra se fazer, nenhum atrativo turístico, exceto sua torre do relógio.

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Se você estiver em um grupo o poder de barganha com as agências aumenta, a maioria das empresas inclusive oferece algum desconto ou vantagem como incluir saco de dormir sem alterar o preço final. O preço inicial é só um valor fictício que irá depender do seu poder de persuasão, a maioria baixava bruscamente.

Bolivianos são flexíveis na negociação e vão tentar fechar a venda de qualquer jeito num primeiro momento, mas pechinche e tente ver qual empresa te transmite mais confiança não levando em conta somente o preço.

Se você quer fazer o tour de apenas um dia pra conhecer o Salar de Uyuni sem ir até a fronteira com o Atacama é algo possível, inclusive muito comum. A única desvantagem é que nessa excursão você irá conhecer apenas o Cemitério de trens, o povoado de Colchani (que tem diversos artesanatos de sal e lã de alpaca) e a Ilha “Incahuasi” (ou Isla Pescado, com seu cactos gigantes), além é claro de percorrer (e fazer aquelas famosas fotos de perspectiva) a paisagem branquinha e quase infinita do maior deserto de sal do mundo. A grande vantagem: não terá que dormir em lugar nenhum nem passar perrengues noturnos. O preço médio desse tour de um dia varia entre 40 a 60 dólares.

Tem também gente que faz o tour de 3 noites retornando para a cidade de Uyuni no final, custa entre 120 a 150 dólares. Optei pelo passeio intermediário (e mais comum) de 2 noites indo até a fronteira com o Chile e ficando por lá no final, minha conclusão foi que achei a experiência suficiente em todos os sentidos. Paguei o equivalente a 100 dólares americanos.

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Não é recomendado para ninguém que nenhum desses passeios sejam feitos de maneira independente, pois não há qualquer sinalização em meio ao deserto. Outra dúvida recorrente e que não encontrei em nenhum site ou blog de viagens é que você pode fazer a travessia do Uyuni sem participar de um passeio, levando algo como 10 horas de viagem, indo ou voltando até o Atacama, também vou detalhar isso em outro post.

Carros, motoristas, refeições, hotéis e o grupo

Sobre as polêmicas questões de qualidade dos carros, motoristas simpáticos (e bons de fotografia), cardápio diferenciado e locais de dormir eu diria que é preciso contar com a sorte, pois a etapa de negociação nas agências é quase a mesma e todas prometem que farão o melhor tour da sua vida, o que não é nem de longe verdade. Tudo é praticamente a mesma coisa, inclusive o conforto dos carros.

Já li opiniões totalmente extremas sobre passeios realizados com a mesma empresa, então escolher uma agência só pela sua referência no tripadvisor não irá te garantir nada em termos de experiência. Eu vi ainda gente dizendo que era bom conversar com o motorista antes do passeio, o que é muito difícil pois eles costumam ter que preparar os carros antes das viagens e imagino que ainda que isso acontecesse iriam te ganhar na lábia tipicamente boliviana.

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Só não aceite, em hipótese nenhuma, que coloquem sete pessoas no seu grupo, pois fica bem apertado. Durante o passeio é normal que todos os ocupantes se revezem nos assentos, sendo que os dois do fundo são os mais apertados e desagradáveis, principalmente para quem sente alguma dor na coluna.

Ao longo da travessia encontramos, comemos a mesma comida e dividimos os “hotéis” com pessoas de diferentes agências (e que inclusive pagaram preços totalmente diferentes), o que me leva a crer que o passeio é praticamente o mesmo e com as mesmas condições para todos, incluindo o roteiro que não apresentava nenhuma variação. E olha que eu percorri cerca de 10 diferentes agências até optar pela qual eu faria o passeio, viu?

A menos que você pague uma fortuna ou opte por um tour privativo, fazer a travessia do Uyuni não é como participar de um programa turístico por Paris ou Veneza, é algo mais improvisado, rústico e creio que infelizmente não seja para todos, ainda que a minha intenção não seja te desencorajar a fazer a travessia.

Li muitos relatos na internet falando mal de várias empresas e conversei com pessoas que faziam o passeio com outras agências nas paradas onde tínhamos algum tipo de contato, foi praticamente unânime que todos tinham alguma reclamação. Eu mesmo tive várias, conto detalhadamente em outro post específico sobre “perrengues no Uyuni”.

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Se estiver em dúvida de alugar ou não um saco para dormir eu te digo: ALUGUE SEM PENSAR! É mais barato do que comprar um e irá te salvar do temido frio noturno que muitos reclamam. O preço do aluguel desse saco gira em torno de 50 bolivianos (ou R$25), quando já não é incluso no preço final do passeio (como foi o meu caso) e só pode ser feito no ato da contratação do passeio, portanto é bom ficar esperto.

Achei que fez toda a diferença ter um saco de dormir alugado, muita gente que estava no passeio comigo reclamou do frio (mesmo no verão é normal as temperaturas chegarem a -15º durante a noite), mas eu dormi tranquilamente com 2 camadas de roupa e dentro do saco com mais umas quatro cobertas em cima.

Sobre as informações que os sacos geralmente são sujos e fedidos eu não tive problemas com o meu, inclusive recomendo checar as condições dele antes de começar o passeio e pedir para trocar caso perceba algum problema ou sujeira.

Referências na internet indicam determinadas empresas e alguns “mi mi mis”, mas eu posso afirmar que a sua experiência no Salar de Uyuni depende de duas coisas: o seu grupo e o motorista.

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Acabei fechando com a Thiago Tours por levar em consideração a segurança que me passaram na negociação e também o preço (foi o mais barato que encontrei, ainda que tivesse disposto a pagar um pouco mais caro se gostasse mais de outra agência, mas pelo que percebi no final das contas oferecem todas a mesma coisa, inclusive hotéis e alimentação).

O “pacote” incluía acomodação em quarto duplo (com banho quente) num hotel de sal na primeira noite, um dormitório coletivo com energia elétrica (porém sem banho quente, vai entender?) na segunda noite, 3 refeições ao dia (exceto no último que só tinha café da manhã) sem as taxas incluídas. As taxas do passeio são: 30 bolivianos na Ilha Inca “Huasi” (opcional) e 150 bolivianos na Laguna Colorada (obrigatória). Como já disse outras vezes, não custa reforçar: nesse preço também ficou incluso o aluguel do saco de dormir para as duas noites.

Enquanto esperávamos o horário de saída do tour, outros três brasileiros chegaram na agência e de cara simpatizamos com eles, resolvemos formar um grupo (como citei, acredito que o grupo que faz a viagem seja mais importante do que a escolha da agência em si). Teve uma alemã que caiu de paraquedas e tinha pedido um guia em inglês, mas o nosso só falava espanhol. A sorte dela foi que todos falávamos inglês e traduzíamos tudo.

São muitas informações e optei por fazer outro post detalhando tudo sobre como foi o meu passeio pelo Salar de Uyuni, posto muito em breve! 

Imigrando para o Chile

Já na fronteira entre os dois países ao final do terceiro dia imigramos para o Chile, por volta das 10 da manhã, numa espécie de posto improvisado e sem qualquer tipo de barreira entre os dois países.

Ali mesmo resolvemos a questão do nosso transfer, pagando 50 bolivianos para uma empresa que nos levaria até o centrinho de San Pedro do Atacama. Inclusive nosso guia retirou as mochilas do carro dele e já entregou para o cara que estava do lado chileno antes mesmo de passarmos pela imigração, sem qualquer tipo de controle ou fiscalização. Coisas que só acontecem na Bolívia!

Não é necessário pagar por esse “transfer” antecipadamente na Bolívia, pois sempre tem muitos carros que fazem esse percurso todos os dias da fronteira até a cidade chilena e vice-versa, sendo um pouquinho mais barato adquiri-lo na fronteira do que com as agências bolivianas.

A fila de entrada e saída da Bolívia é uma só e demorou cerca de 30 minutos para realizarmos esse processo. Tivemos que pagar mais 50 bolivianos para sair do país, ô dureza! Além disso foi necessário apresentar o papelzinho de imigração recebido quando se entra na Bolívia, que geralmente é entregue no aeroporto.

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Conversei com um policial boliviano e ele me disse que quando alguém perde esse “ticket”, basta informar o que aconteceu e se você for de algum país que faz parte do Mercosul, não é necessário pagar nenhuma taxa, apenas registrar seus dados pessoais.

Saímos da fronteira cerca de uma hora depois e depois de percorrer mais trinta minutos estávamos no posto de imigração chilena, onde aí sim, as mochilas foram escaneadas e tinha uma fiscalização mais verdadeira. Preenchidos formulários e outros trinta minutos carimbando passaporte e e preenchendo formulários, finalmente eu estava bienvenido a Chile!

A diferença e o contraste entre os dois países é gritante, em suas estradas, organização e tudo mais. A impressão que fica é que a Bolívia ainda precisa melhorar muito, sobretudo a sua estrutura para atender ao turismo, afinal são milhões de pessoas que querem visitar o país, mais especificamente planejar uma viagem ao Salar de Uyuni, mas ficam receosos por causa da sua precariedade, o que confirmei ser a mais pura verdade.

Por volta da hora do almoço tínhamos vencido a travessia e já estávamos em San Pedro do Atacama. Toda aquela odisseia paradisíaca que incluiu superar muitos obstáculos e apreciar paisagens surreais e únicas foi mágica, mas eu só queria tomar um banho decente e dormir num lugar aconchegante.

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Mesmo com todos os perrengues, creio que a melhor opção seja iniciar esse tour pela cidade de Uyuni, na Bolívia. Além de ser mais barato do que o comprado no Atacama (em termos de valores o mesmo passeio saindo pelo lado chileno custa quase o dobro do preço, o equivalente a 180 dólares), tive a impressão de que fazer o passeio pelo lado contrário não tem o mesmo impacto visual.

Existem passeios com saídas diárias tanto de Uyuni quanto de San Pedro para quem deseja fazer o percurso apenas em um sentido (sem a volta) ou para quem deseja retornar ao ponto de partida ao final.

O tour que engloba a ida e a volta ao mesmo ponto é mais completo, porém mais cansativo e caro. Quem pensa que comprando pelo Chile estará livre dos bolivianos se engana, pois o que eles fazem é justamente te entregar a uma empresa da Bolívia na fronteira, afinal somente eles é que podem operar dentro do país. Algumas empresas tem escritório tanto na Bolívia quanto no Chile e em outros casos operam em parcerias.

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Uma certeza para essa viagem se eu tivesse planejando ela hoje: jamais compraria de novo meu voo de ida e volta para a Bolívia. Se eu pudesse voltar no tempo e refazer minha viagem, com todas as informações que tenho agora, eu teria voado até La Paz e chegado ao Uyuni também de avião, fazendo a travessia de 2 noites e três dias até San Pedro do Atacama e de lá (do aeroporto de Calama é feito um voo para Santiago e depois outro para as terras tupiniquins) retornando ao Brasil ou seguido para o Peru, como faz a maioria.

A minha viagem teve um período curto e não possibilitou dias suficientes para conhecer a região andina, dei muita bobeira também de perder praticamente 3 dias voltando do Chile até Santa Cruz de La Sierra só porque meu voo de volta para o Brasil saia de lá, portanto não cometa o mesmo erro.

A Bolívia e o Salar de Uyuni tem paisagens incríveis, inclusive recomendo muito fazer esse passeio (é claro, com o devido planejamento e preparo), mesmo com todas as suas dificuldades e a certeza de que ele é pra ser feito somente uma vez na vida. Creio que se você seguir boa parte das dicas que dei aqui certamente sua viagem será muito mais tranquila e confortável. No mais, espero que aproveite muito esse pedacinho do mundo com características tão peculiares!

Leia também os tópicos sobre o Deserto do Atacama:

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Até logo!

25 respostas

  1. Que viagem prazerosa! não gosto de ler sobre essas viagens maravilhosas pq já fico cheia de vontade de viajar.

  2. Mais um post incrível, com dicas ótimas e fotos “de cair o queixo” Parabéns!

  3. Quando a gente vê fotos assim, não pensa no frio e no calor, no trabalho que dá se preparar para uma viagem dessas! Amei ter tudo detalhado e comentado na postagem, facilita muito quem pretende viajar – e principalmente desperta o interesse em pessoas como eu s2 que claramente faria sem pensar duas vezes.
    Obrigada pela postagem!

    1. Nas fotos tudo fica lindo né Mary? Mas mesmo não sendo uma das viagens mais fáceis eu recomendo demais!
      Obrigado a você pelo seu comentário e retorno!
      Abs

  4. Que post super completo! Tô planejando uma viagem com mais ou menos teu roteiro pra 2017. Já salvei aqui e vou me basear nas suas dicas com certeza!

  5. Mandou super bem no post, muito detalhado. Sonho em conhecer esse pedacinho especial do mundo, ainda não comecei a planejar mas com certeza quando começar volto aqui.
    Parabéns, não conhecia o blog mas já virei fã

  6. Nossa, que post maravilhoso!!! Muito completo e esclarecedor! Eu ainda tenho um pouco de dúvidas sobre ir pra desertos… Mas seu post tá tão gostoso de ler que até me deu vontade de ir mesmo! haha

    1. Obrigado pelo comentário! Escrevi com muito carinho e dedicação para tentar responder a todas as dúvidas que tive dificuldade de encontrar quando fiz essa viagem. Não é dos passeios mais fáceis, mas como eu disse, é algo para experimentar ao menos uma vez na vida.
      Abs

  7. Cara,
    Você acha que se hospedar em hotéis de “luxo” ou seja, com algumas estruturas melhores faz diferença nestes passeios?
    A diária não é tão mais cara, e como seriam duas noites, acha que diminui os riscos de perrengues??

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Amilton Fortes

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