Cachoeira mais perto de Bh: conheça a refrescante Chica Dona!
Já que Minas não tem mar e o calor tá de matar, resolvi pesquisar qual seria a cachoeira mais perto de Bh para me refrescar nesse verão escaldante e acabei encontrando a Chica Dona, no município de Rio Acima. A cerca de 40 km (ou 1h e 30 min de carro) da capital mineira está esse refúgio para dias quentes e aquela escapada da rotina. É sabido que Minas Gerais ostenta muitas cachoeiras. Não bastasse as cidades de Carrancas, Bueno Brandão e tantas outras que são famosas por concentrar um alto volume de quedas, na região metropolitana de Belo Horizonte é possível encontrar muitos desses paraísos como a cachoeira Chica Dona, uma das cachoeiras mais perto de Bh, que inclusive está na lista das melhores cachoeiras de Minas. Em termos de distância, ela só perde para a modesta Cachoeira da Ostra (que fica a 30 km da capital), em Brumadinho. Todavia, essa outra cachoeira tem apenas 10 metros de queda e exige uma hora de caminhada de trilha até o seu humilde poço. Então é melhor ir até Rio Acima! Na Chica Dona você encontra duas maravilhosas quedas d´água e uma estrutura mínima que, apesar de não ser lá grandes coisas, permite parar o carro exatamente no pé de uma delas. Portanto pode até não ser a cachoeira mais perto de Bh, mas vai por mim: vai valer muito a pena no final das contas! Como chegar: Localizada no município de Rio Acima, as Chica e Dona (na verdade são duas quedas) são duas lindas cachoeiras com ótimos poços para banho. O acesso se dá por cerca de 6 Km de boa estrada de terra a partir do centro dessa cidade, seguindo em sentido à Taberna Brasil, pela estrada da Alcan e próximo ao restaurante da Tia Lúcia, que é um ponto de encontro Off Road. Na verdade existem vários acessos que vão até as cachoeiras, procure seguir as coordenadas do gps até a cachoeira do Índio e do Viana, que são bem próximas. De lá siga pelo caminho que passa em frente a cachoeira Tinta Roxa (será preciso fazer uma pequena alteração na rota sugerida do gps, passando pela estrada do lado esquerdo, vide mapa). E já aviso: não espere conseguir se banhar de maneira apropriada em nenhuma das outras cachoeiras senão na Chica Dona (acredite, eu parei nas três, fotografei, e não encontrei sequer um poço para ficar em nenhuma delas). A cachoeira do Índio tem seu acesso de carro por cima e desemboca numa trilha estreita e bastante ingrime, na qual não animei de aventurar. Ela é linda quando vista pelo outro lado da montanha, no meio do caminho. Já a do Viana tem um poço muito pequeno e nenhuma estrutura por perto, sem contar que a trechinho da estrada até elas é horroroso de buracos e valas provocadas pela erosão. Por fim, a cachoeira da Tinta Roxa ficava do outro lado de uma cerca, com uma queda de água tão humilde que nem me animou a fazer sequer um registro fotográfico. É preciso ficar muito atento ao percurso porque no outro caminho que não passa em frente a cachoeira Tinta Roxa (o caminho “oficial” sugerido pelo gps), a pista está cheia de buracos, valas e com trechos difíceis para um carro que não tenha tração nas rodas ou seja mais baixo. Se tiver dúvidas durante o percurso, não hesite em perguntar aos moradores, pois há muitas casas ao longo do percurso e o melhor: na maioria do trajeto funcionou o sinal de telefone celular! Já na porta de entrada da Chica Dona fica um “segurança”, foi cobrado R$10 (dez reais) por pessoa para a entrada com o carro na propriedade. Além disso ele explicou que, dentre as regras de convivência, não era permitido o uso de som automotivo nem de garrafas de vidro. Cada um pode levar a comida e a bebida que quiser, esticar o lençol debaixo de uma sombra e fazer até piquenique (eu inclusive levei um sonzinho para colocar música num volume mais baixo). No próprio local era vendido refrigerante (R$4), cerveja latão (R$5) e almoço (R$20). Havia um banheiro meio improvisado e sem papel. As cachoeiras: A cachoeira da Chica, na área onde se estacionam os carros, é a que costuma ficar mais cheia. Sua queda tem aproximados 40 metros de altura e o poço água gelada e refrescante para banho é muito agradável , inclusive ajudou – e muito – a combater o forte calor desse início de verão. Ah, e outra boa notícia: é permitida a entrada de pets, mas fomos aconselhados a tentar mantê-los longe dos banhistas, inclusive tinha vários cachorros por lá. Já a cachoeira da Dona, a segunda queda desse mesmo curso de água, fica do outro lado da estrada e tem 70 metros de queda. Seu acesso não é dos melhores, sobretudo para pessoas que tenham mobilidade reduzida. Mas depois de me aventurar por um caminho de pedras e uma íngreme descida, fiquei boquiaberto com tamanha beleza. Por causa justamente do acesso ela fica mais vazia, portanto é ideal para quem quer ficar fora da muvuca. Por ali também era o lugar onde vi muitos cachorros se banhando junto de seus donos. Escolhi conhecer as cachoeiras numa terça-feira da semana entre o natal e o réveillon, no período de férias escolares e recesso de muitas empresas. Avalio como boa opção para escapadas principalmente em dias de semana. E apesar de ter algumas pessoas no local (creio que entre 20 a 30), certamente que nos finais de semana esse número deve ser bem maior, principalmente por causa da sua proximidade com a capital mineira, portanto se pegar o lugar cheio não diga que não avisei! Foto: google images Durante todo o percurso e, sobretudo na volta, fui agraciado por belíssimas paisagens, muito verde e os contornos das Serra do Gandarela. Caiu até uma fina chuvinha de verão e o cheiro de terra molhada deixou tudo ainda mais bonito. Ao final do dia fiquei refrescado do calor, de baterias recarregadas e pronto para mais uma semana. E que não demore muito até a próxima fugida da rotina! Faça suas