Tour em San Pedro de Atacama: o que esperar do popular Salar de Tara
Na fronteira entre Chile, Bolívia e Argentina está um passeio tido por muitos como um dos favoritos no Atacama: o Salar de Tara. O lugar desafia seus visitantes, seja pelo clima ou pela altitude e apesar de suas paisagens belíssimas, esse passeio não é recomendado para todos, entenda o por quê. O tour ao Salar de Tara: É importante saber que esse é um dos passeios que atinge maior altitude (num certo ponto se chega a 4.900 metros e permanece a maior parte do tempo acima dos 4 mil) e nunca deve ser feito nos primeiros dias no deserto porque depende de aclimatação. * DICA: Aconselho quem se sente muito mal com a altitude (ou tem problemas de pressão) já em San Pedro reconsiderar fazer o Salar de Tara, pois os efeitos podem ficar mais complicados. Outra questão importante é o frio, já que nessa altitude, mesmo no verão as temperaturas costumam ser bem baixas e se você não tiver roupas adequadas para suportá-las, também pode enfrentar problemas. Luvas, pescoceira e pelo menos três camadas de roupa são indispensáveis! Ainda sobre o mal de altitude, não há como não sentir nenhum efeito, os mais comuns são o cansaço e a falta de ar. Eu consegui lidar com eles numa boa, mas meu primo se sentiu mal por boa parte do passeio, reclamando ainda de enjoos. PROCURANDO ONDE SE HOSPEDAR EM SAN PEDRO DE ATACAMA: Separamos opções de ofertas com descontos para você! Qual empresa escolher para esse passeio? Para explorar Tara, o número de empresas é bem mais reduzido. A expedição saiu por volta das 6 da manhã, rumo as montanhas, e fiz o passeio com a Grado 10, uma das empresas mais recomendadas nos relatos de viagens dos brasileiros e a mais antiga em operação no Atacama. Além de todo o aparato para emergências (telefone via satélite, oxigênio e kit primeiros socorros), nos ofereceram um delicioso café da manhã e seus guias também falam português! Logo no início do tour, já era possível contemplar o Licancabur bem de perto e ao longo do caminho também avistamos muitos vulcões (considerada uma das regiões com maior quantidade de vulcões do mundo, mas nada que ofereça preocupação) por toda a cordilheira e suas montanhas. >> A visita ao Salar de Tara não deve jamais ser realizada por conta própria nem sem um grupo, já que as chances de ficar perdido ou enfrentar algum tipo de problema são grandes, não havendo ainda um caminho demarcado depois que se entra no Salar. As paisagens ao longo do caminho: Depois de percorrer cerca de 150 km, a primeira parada foi numa laguna que estava com alguns flamingos. Fizemos o passeio na segunda quinzena de julho e água estava parcialmente congelada, numa paisagem incrível. Foi com aquele visual espetacular que o nosso guia preparou o café da manhã antes de seguirmos em frente. Por todo o Salar de Tara você também poderá ver o que eles chamam de galerias, são grandes formações rochosas que foram expelidas em sua maioria pelo Vulcão Pacaya (segundo maior do mundo e que, se entrasse em atividade nos dias de hoje, poderia tirar a terra de sua própria órbita, imagina??), sendo arremessadas a quilômetros de distância. Percorremos o Salar passando por galerias enormes e fomos também em muitos mirantes para contemplar aquela belíssima paisagem, o meu favorito foi o Mirante das Catedrais. Ventava bastante também, então não era possível ficar muito tempo fora do carro. >> As cores variadas das galerias se dão graças ao acúmulo de minerais como ferro, calcário, cobre, enxofre dentre outros. Segundo nosso guia, Salar é onde se tem alta concentração de mineirais e sal. Outra parada interessante desse tour é a do Moai de Tara, ou pedra do índio, local onde aqueles com a imaginação mais fértil conseguem ver a figura de índio esculpida na pedra, enxergou? Ao longo do passeio a paisagem vai mudando e o visual certamente te deixará de queixo caído. É muito comum se deparar com vicunhas, animais parentes das lhmas e que vivem acima de 3500 metros de altitude, atualmente protegidos por lei contra a caça. Qual a melhor época para conhecer o Atacama? Outra informação relevante é que a melhor época para visitar o Atacama é em outubro e novembro, quando as condições climáticas são as melhores. Então se puder, programe sua viagem para esse período! No final desse passeio ainda paramos na Laguna de Diamante, que curiosamente tem muitos pontos brilhantes que remetem ao reflexo daquele mineral. Ela estava completamente congelada, sendo que fizemos uma pequena caminhada por cima de suas águas. Dali, seguimos de volta a San Pedro e chegamos lá por volta das 16h30. Esse tour é incrível sim, mas por conta das suas condições extrêmicas, não sei se recomendaria o Salar de Tara para todos. Além de ser um tour caro, eu não o faria se tivesse que abrir mão de outros passeios do Atacama e que oferecem experiências tão incríveis quanto em condições muito mais aceitáveis. No mais, quem faz a travessia para visitar a Bolívia (ou vice-versa) e o Salar de Uyuni verá muita coisa parecida com o que se apresenta por lá. Portanto, não faça esse passeio apenas porque muitos dizem que é o melhor, é mais importante avaliar suas condições de saúde e também de vestimenta para não ter uma experiência frustrada. No mais, curta muito sua viagem ao Atacama! GRADO10 www.turismogrado10.com info@turismogrado10.com Toconao 435-A, San Pedro de Atacama, Chile (bem no centrinho da cidade) Curta e siga também no facebook e instagram! * Esse passeio foi feito em parceria com a empresa GRADO10, porém as opiniões e impressões aqui relatadas são livres e pessoais. 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