Goiânia: uma capital com jeitão de cidade pequena
Com aquele gostoso ar de interior, por várias vezes me esqueci de que estava mesmo numa capital. Não me lembro de ter passado por outra metrópole tão pacata e que deixasse a impressão de que o caos do trânsito, a poluição, a correria das pessoas, tudo parecia ser mais brando. Começando pelo táxi, confirmei minhas pesquisas de que sim, era a melhor e mais barata maneira de se locomover pela cidade. Nossa corrida do aeroporto até a rodoviária, que também serve como shopping cujo nome é Araguaia, não deu mais do que vinte reais (referência: primeiro semestre de 2015). Na rodo-shopping você tem acesso a muitas coisas: supermercado, lojas, bancos, cinema, boliche (que tinha uma promoção de almoço com uma rodada completa do jogo por míseros dez reais, super recomendo). Lá também você compra e embarca em ônibus para praticamente todos os lugares do Brasil, incluindo minha próxima parada, Caldas Novas. Um exemplo de funcionalidade digno de ser adotado por outras capitais do nosso país. Outro aspecto interessante é que a região da rodoviária, contrariando as expectativas, é livre de mendigos, trombadinhas e outros problemas comuns das capitais brasileiras. Se sua intenção é passar um final de semana, dois ou três dias pela cidade, não será difícil encontrar uma acomodação de bom preço, que seja limpa e segura, perto da própria rodoviária. Todas as ruas que rodeiam a região formam o que poderia facilmente ser chamado de “Sacoland” ou o paraíso das sacoleiras. [easy-image-collage id=1087] Sim, essas lojas de confecção própria vendem roupas de malha, algodão, visco-elástico, biquínis, jeans, acessórios que vão de bolsas a chapéus, calçados e muito, mas muito mais. Destaque para o complexo Mega Modas, um dos preferidos das compradoras e uma referência quando o assunto é variedade. Mas o lance é garimpar. Conversando com moradores, vendedores e visitantes todos foram unânimes em dizer que Goiânia é a nova “capital brasileira” quando se fala em compras, inclusive, eu mesmo não resisti e acabei comprando algumas peças por preços bem abaixo do mercado. Vale a pena sobretudo para quem busca descontos na modalidade atacado, para compras a partir de três peças, de acordo com os critérios de cada loja. Comerciantes disseram que estão vendendo até pra clientes de Cuba, Colômbia, Venezuela e muitos países da América do Sul. Então, se o seu objetivo é turismo de compras de qualquer tipo de confecção, vá para Goiânia! Foi divertido ver muitas sacoleiras discutindo sobre modelitos, indicação de lojas e do que mais agradava suas clientes. Destaque para a feira da madrugada. Trata-se de uma mega feira com mais de 500 vendedores, que funciona nas terças e quartas, das 21 horas às 6 da manhã, e segundo alguns dos moradores, é a primeira feira verdadeiramente noturna no Brasil. Outra boa dica é visitar as feiras da lua e do sol. A primeira, ocorre todo sábado (faça sol ou chuva, inclusive nos feriados) na praça Tamandaré, das 16h às 22h com direito a compras e opções de provar a gastronomia local. Já a segunda, ocorre aos domingos, bem pertinho da feira da lua e se chama feira do sol por ser domingo de dia, das 16h as 20h incluindo muitos produtos artesanais. Resumindo: existem muitas possibilidades de compras praticamente em vinte e quatro horas por dia, todos os dias da semana. Sacoleiras de plantão, certamente se sentirão na Meca das compras. Infelizmente não pudemos visitar tudo. No nosso único dia inteiro pela cidade fizemos um roteiro bem enxuto. Fomos até o Mercado municipal de ônibus (é preciso adquirir o bilhete avulso com algum cambista ou nos postos autorizados, pois o motorista não vende passagens), não havendo trocadores nos veículos. Doces, artigos de couro e a famosa torta salgada estão lá. Provei e aprovei o prato mais típico, o empadão goiano, que leva frango, porco, linguiça, guariroba (espécie de palmito local) e queijo minas. O sabor é forte e bem marcante. As empadinhas também são uma delícia, procure a empada do Alberto ou o empadão do Mário, uma do lado da outra. [easy-image-collage id=1098] Dali, fomos de táxi até o parque Flamboyant, cerca de quinze minutos e doze reais pela corrida (referência: primeiro semestre de 2015). A região tida como uma das mais nobres da cidade estava com o setor de construção civil a todo vapor, cheia de arranha-céus modernos e ainda com obras inacabadas. O parque é ideal para caminhar, correr ou deitar nas margens do seu lago, dispondo ainda de um parquinho infantil. Outras sugestões de parques nesse estilo para visita e um passeio descontraído são o Vaca brava e Areião, além do Bosque dos Buritis. Aproveitamos para ir ao shopping Flamboyant e também ao Outback que fica na área do estacionamento desse moderno e completo mall. Se você fizer uma visita ao shopping antes de ir para Caldas Novas, procure pelo stand do Hot Park, sempre tem ingressos com descontos. Nativos nos recomendaram conhecer o restaurante Madero (fica em frente ao parque Vaca Brava) e disseram ser imperdível conhecer o queridinho da cidade, o bar 1008, que conta com duas unidades uma de frente para a outra e que, segundo eles, contém a cerveja mais gelada da cidade. Ouvimos falar muito bem também dos restaurantes Fábrica di pizza e Panela mágica. Outras boas pedidas são visitar o museu de Goiânia e os monumentos à Paz e às Três raças. Cabendo perfeitamente num fim de semana ou feriado prolongado, a capital de Goiás certamente vai te encantar, seja pelas boas compras, seja por sua intensa vida noturna ou ainda pelo seu povo simples e honesto, tão diferente dos políticos que estão ali do lado, na vizinha Brasília. Então depois dessa pequena visita, seguimos de ônibus para explorar o paraíso dos parques aquáticos e águas termais, em Caldas Novas, que fica a três horinhas de ônibus. Não perca a continuação dessa história. Quer saber mais sobre essa experiência ou gostaria de falar diretamente com a nossa equipe para obter auxílio no planejamento de uma viagem? Então entre em contato agora mesmo, preenchendo os campos abaixo que lhe responderemos em breve! Nós, turisteiros, assessoramos você por meio da experiência em viagens desde a compra da passagem até os